Entendendo o perdão

“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”. – Mateus 5:23,24

 

A reconciliação não é algo a ser praticado somente entre nós e Deus, mas também para com nossos irmãos. Reconhecemos que, à semelhança da cruz, também temos duas linhas do fluir da reconciliação: a vertical (o homem com Deus) e a horizontal (entre os homens). O mesmo perdão que recebemos de Deus deve ser praticado para com nossos semelhantes.

 

QUEM NÃO PERDOA NÃO É PERDOADO

 

O perdão (ou a falta dele) faz muita diferença na vida de alguém. A reconciliação horizontal determina se a vertical que recebemos de Deus vai permanecer em nossa vida ou não. A palavra de Deus é clara quanto ao fato de que se não perdoarmos a quem nos ofende, então Deus também não nos perdoará. Foi Jesus Cristo quem afirmou isto no ensino da oração do Pai-nosso:

 

“Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. – Mateus 6:14,15

 

Deus tem nos dado seu perdão gratuitamente, sem que o merecêssemos, e espera que usemos do mesmo espírito misericordioso para com quem nos ofende. Se fluirmos com o Pai Celestial no mesmo espírito perdoador, permanecemos na reconciliação alcançada pelo Senhor Jesus. Contudo, se nos negamos a perdoar, interrompemos o fluxo da graça de Deus em nossa vida, e nossa reconciliação vertical é comprometida pela ausência da horizontal. Cristo também nos advertiu com clareza sobre isto em uma de suas parábolas (faladas num contexto que envolvia o perdão):

 

“Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei, que resolveu ajustar contas com os seus servos.

E passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que devia dez mil talentos.

Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o seu senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, e que a dívida fosse paga.

Então o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo e tudo te pagarei.

E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e perdoou-lhe a dívida.

Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: paga-me o que me deves.

Então o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo e te pagarei.

Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.

Vendo os seus companheiros o que havia se passado, entristeceram-se muito, e foram relatar ao seu senhor tudo o que acontecera.

Então seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?

E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida.

Assim também o meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”. – Mateus 18:23-35

 

O significado desta ilustração dada por Jesus Cristo é muito forte. Temos um rei e dois tipos de devedores. Se a parábola ilustra o reino de Deus, então o rei figura o próprio Deus. O primeiro devedor tinha uma dívida impagável, enquanto que a do segundo estava ao seu alcance. Não há como comparar a dívida de cada um. Dez mil talentos da dívida do primeiro servo era o equivalente a cerca de 200.000 dias de trabalho, enquanto que os cem denários que o outro servo devia era o equivalente a apenas cem dias de trabalho. Esta diferença revela a dimensão da dívida que cada um de nós tinha para com Deus, e que, por ser impagável, estávamos destinados à prisão e escravidão eterna. Contudo, sem que fizéssemos por merecer, Deus em sua bondade, nos perdoou. Portanto, Ele espera que façamos o mesmo. O cristão que foi perdoado de seus pecados e recusa-se a perdoar um irmão – seu conservo no evangelho – terá seu perdão revogado.

          

         Isto é muito sério. As ofensas das pessoas contra a gente não são nada perto das nossas ofensas que o Pai Celestial deixou de levar em conta. E a premissa bíblica é de que se pudemos ser perdoados por Ele, então também devemos perdoar a qualquer um que nos ofenda.

 

A FALTA DE PERDÃO É UMA PRISÃO

 

Quem não perdoa, está preso. Lemos em Mateus 18:34: “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida”. A palavra verdugo significa “torturador”. Além de preso, aquele homem seria torturado como forma de punição. A prática do ministério nos revela que o que Jesus falou em figura nesta parábola é uma realidade espiritual na vida de quem não perdoa. Os demônios amarram a vida daqueles que retém o perdão. Suas torturas aplicadas são as mais diversas: angústia e depressão, enfermidades, debilidade física, etc.

 

Muita gente tem sofrido com a falta de perdão. Outro dia ouvi alguém dizendo que o ressentimento é o mesmo que você tomar diariamente um pouco de veneno, esperando que quem te magoou venha a morrer. A falta de perdão produz dano maior em quem está ferido do que naquele que feriu. Por isso sempre digo a quem precisa perdoar: – “Já não basta o primeiro sofrimento, porque acrescentar um outro maior (a mágoa)”?

 

Alguns acham que o perdão é um benefício para o ofensor. Porém, eu digo que o benefício maior não é o que foi dado ao ofensor, mas sim o que o perdão produz na vítima, naquele que está ferido. Sem perdão não há cura. A doença interior só se complica, e a saúde espiritual, emocional e física da pessoa ressentida é seriamente afetada. Em outra porção das Escrituras (onde o contexto dos versículos anteriores é o perdão), vemos o Senhor Jesus nos advertindo do mesmo perigo:

 

“Entra em acordo sem demora com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.

Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo”. – Mateus 5:25,26

 

Não sei exatamente como é está prisão, mas sei que Cristo não estava brincando quando falou dela. A falta de perdão me prende e pode prender a vida de mais alguém. Isto é um fato comprovado. Tenho presenciado gente que esteve presa por tantos anos, e ao decidir perdoar foi imediatamente livre. Isto também pode acontecer com você, basta decidir perdoar.

 

SEGUINDO O EXEMPLO DIVINO

 

Como deve ser o perdão?

A pessoa tem que pedir o perdão ou merecê-lo para poder ser perdoada? Não. Devemos perdoar como Deus nos perdoou:

 

“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou”. – Efésios 4:32

 

O texto bíblico diz que nosso perdão e reconciliação horizontal deve seguir o exemplo da que Deus em Jesus praticou para conosco. Então, basta perguntar: – “Fizemos por merecer o perdão de Deus? Não. Então nosso ofensor também não precisa fazer por merecer”.

 

O perdão é um ato de misericórdia, de compaixão. Nada tem a ver com merecimento. O apóstolo Paulo falou aos efésios que o perdão é fruto de um coração compassivo e benigno. O perdão flui da benignidade do nosso coração, e não por haver ou não benignidade no ofensor.

 

Jesus disse que se eu souber que alguém tem algo contra mim, devo procurá-lo para tentar a reconciliação. Mesmo se tal pessoa não me procurar ou nem mesmo quiser falar comigo, tenho que ter a iniciativa, tenho que tentar.

 

Deus ofereceu perdão gratuito a todos, independentemente de qualquer comportamento, e Ele é nosso exemplo!

 

NÃO HÁ LIMITE DE VEZES PARA PERDOAR

 

Certa ocasião, o apóstolo Pedro quis saber o limite de vezes que existe para perdoar alguém. E foi surpreendido pela resposta que Cristo lhe deu:

 

“Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. – Mateus 18:21,22

 

O Senhor declarou que mesmo se alguém repetir sua ofensa contra mim por quatrocentos e noventa vezes, ainda deve ser perdoado. Na verdade, os comentaristas bíblicos em geral entendem que Jesus não estava se prendendo a números, mas tentando remover o limite imposto na mente dos discípulos para perdoar.

 

Fico pensando o que seria de nós sem a misericórdia de Deus. Quantas vezes Deus já nos perdoou? Quantas mais Ele vai nos perdoar? Se devemos perdoar como também Deus em Cristo nos perdoou, então fica claro que não há limite de vezes para perdoar!

 

O DIABO É QUEM LEVA VANTAGEM

 

Já falamos que há uma prisão espiritual ocasionada por reter o perdão. E que demônios se aproveitam desta situação. Agora queremos examinar um outro texto bíblico que nos mostra nitidamente que a falta de perdão dá vantagem ao diabo:

 

“A quem perdoais alguma cousa, também eu perdôo; porque de fato o que tenho perdoado, se alguma cousa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”. – II Coríntios 2:10,11

 

O apóstolo Paulo revela que se deixamos de perdoar, quem vai se aproveitar da situação é Satanás, o adversário de nossas almas. Disse ainda, que não ignorava as maquinações do maligno. Em outras palavras, ele estava dizendo que justamente por saber como o diabo age na falta de perdão, é que não podia deixar de perdoar.

 

Precisamos entender que Deus não será engrandecido na falta de perdão. Que o ofendido não lucra nada por não perdoar. Que até mesmo o ofensor pode estar espiritualmente preso. O único que lucra com isso é o diabo, pois passa a ter autoridade na vida de quem decide alimentar a ferida do ressentimento.

A Bíblia nos ensina que não devemos dar lugar ao diabo (Ef.4:27). Que ele anda em nosso derredor rugindo como leão, buscando a quem possa tragar (I Pe.5:8), e que devemos resisti-lo (Tg.4:7). Mas quando nos recusamos a perdoar, estamos deliberadamente quebrando todos estes mandamentos.

 

CONSELHOS PRÁTICOS

 

Para aqueles que reconhecem que não há saída a não ser perdoar, mas que, por outro lado, não é algo tão fácil de se fazer, quero oferecer alguns conselhos práticos que serão de grande valia.

 

Primeiro, o perdão não é um sentimento, é uma decisão e também uma atitude de fé. Já dissemos que o perdão não é por merecimento, logo, não tenho motivação alguma em minhas emoções a perdoar. Não me alegro por ter sido lesado, mas libero aquele que me lesou por uma decisão racional. Portanto, o perdão não flui espontaneamente, deve ser gerado no coração por levar em consideração aquilo que Deus fez por mim e sua ordem de perdoar. As conseqüências da falta de perdão também devem ser lembradas, para dar mais munição à razão do que à emoção.

 

É preciso fé para perdoar. Certa ocasião quando Jesus ensinava seus discípulos a perdoarem, foi interrompido por um pedido peculiar:

 

“Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.

Se por sete vezes no dia pecar contra ti, e sete vezes vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe. Então disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé”. – Lucas 17:3-5

 

Naquele instante os discípulos reconheceram que para praticar este nível de perdão iriam precisar de mais fé. E Jesus parece ter concordado, pois nos versículos seguintes lhes  ensinou que a fé é como semente, quanto mais se exercita (planta) mais ela cresce (se colhe).

 

É necessário crer que Deus é justo e que Ele não nos pede mais do que aquilo que podemos dar. Se Deus nos pediu que perdoássemos, Ele vai nos socorrer dispensando sua graça no momento em que tivermos uma atitude de perdão.

 

Muitas vezes o perdão precisa ser renovado. Depois de declarar alguém perdoado, o diabo, que não quer perder seu domínio, vai tentar renovar a ferida. Em provérbios 17:9 as Escrituras Sagradas nos falam sobre encobrir a questão ou renová-la. É preciso tomar uma decisão de esquecer o que houve, e renovar somente o perdão. Cada vez que a dor tentar voltar, declare novamente seu perdão. Ore abençoando seu ofensor. Lute contra a mágoa!

 

É importante ver os ofensores como vítimas. Isto é algo especial que vejo em Jesus na cruz:

 

“Contudo Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. – Lucas 23:34

 

Em vez de olhar para eles como quem merece punição e castigo, Jesus enxerga que eles também eram vítimas. Aqueles homens estavam em cegueira e ignorância espiritual, debaixo de influência maligna, sem nenhum discernimento de quem estavam de fato matando. Eram vítimas de todo um sistema que os afastou de Deus e da revelação das Escrituras. E ao reconhecer que ele é que eram vítimas, em vez de alimentar dó de si mesmo (como nós faríamos), Jesus teve compaixão deles.

 

Acredito que este é um princípio para o perdão fluir livremente. Assim como Jesus o fez, deixando exemplo, Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo, também o fez:

 

“Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado”. – Atos 7:60

 

Quando você começa a enxergar as misérias da vida espiritual de seu ofensor (ao menos a que manifestou no momento de te ferir), e canaliza o amor de Deus por ele, como você também necessita do amor divino ao se achegar arrependido em busca de perdão, a coisa fica mais fácil.

 

Autor: Luciano P. Subirá

http://www.orvalho.com/index.php?pagina=estudo&id=67

 

Publicado em Mensagens | Deixe um comentário

Perdido dentro da igreja

"Entrou na sala sem bater e jogou-se na cadeira em frente da minha mesa. Suava. Era evidente que estava nervoso.

– Pastor, estou perdido! – disse sem rodeios. Apenas três palavras. Seria desnecessário dizer mais para descrever a tragédia de uma alma em conflito. Podia aceitar essa declaração de qualquer outra pessoa, não daquele rapaz. Eu o conhecia muito bem: era um jovem exemplar, um fiel membro da igreja. Mas estava ali, com os olhos lacrimejantes repetindo:

– Pode crer, pastor, estou perdido! Sou cristão de berço. Todo mundo acha que sou um bom membro da igreja. Meus pais acreditam que sou um filho maravilhoso. Os membros da igreja acham que sou um jovem consagrado. Eles até me nomearam Diretor dos Jovens. Muitas vezes ouço os pais dizendo a seus filhos: "Gostaria que você fosse como aquele rapaz!" Todos acham que sou um modelo de cristão, mas não é verdade pastor, eu sou uma miséria. Acabo de fazer algo horrível e não é a primeira vez. Fiquei desesperado, angustiado como das outras vezes. Tive vontade até de morrer. Eu não sou o que todos pensam que sou.

Tentei dizer alguma coisa, mas ele cortou:

– Eu não quero ser assim pastor, eu quero ser um cristão de verdade, mas não consigo. Tenho lutado tantas vezes, tenho me esforçado, mas sempre acabo derrotado.

Doeu-me ver assim aquele jovem.

– O senhor está desapontado comigo, não está? – perguntou depois, com ansiedade.

Desapontado? Eu tinha era um nó na garganta. Procurei esconder minha tristeza, minha dor, porque na realidade o drama não era só daquele jovem. Eu sabia que muitos jovens de minha igreja também vivem essa triste realidade. "Pastor, estou perdido!" Perdido? Sim, perdido dentro da igreja.

É possível estar perdido dentro da igreja? Infelizmente é, sim. Existem os que, como no caso desse jovem, estão perdidos fazendo coisas erradas enquanto ninguém vê, mas existe outra classe de perdidos: aqueles que fazem tudo direito, cumprem aparentemente tudo que a igreja pede, vivem preocupados com detalhes de regulamentos e normas, mas estão igualmente perdidos.

Há um texto bíblico que fala do jovem rico. "E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? ninguém há bom senão um, que é Deus. Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falsos testemunhos; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe. Ele porém, respondendo lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade. E Jesus olhou para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-os aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuia muitas propriedades" (S. Marcos 10:17 a 22).

O jovem rico era um rapaz como qualquer jovem da igreja de hoje. Era membro de uma congregação cujos líderes se preocupavam muito com normas, leis e regulamentos. "Não pode fazer isto". "Não pode fazer aquilo". "Fazer isto é pecado". "Fazer aquilo também é pecado". Aquele jovem cresceu tendo um conceito errado de Deus. Imaginava-O sentado no Seu trono de justiça, ditando regras, com o rosto sério e uma vara na mão, pronto para castigar o desobediente. Desde pequeno seus pais e os líderes da igreja exigiram o fiel cumprimento de todas as normas. Eram líderes preocupados com a imagem da igreja. O que realmente importava para eles era que as pessoas cumprissem as normas, que fossem bons membros de igreja e nada mais. O jovem rico aprendeu desse modo a cumprir todas as normas e leis. Aparentemente era um jovem bem comportado, ativo na igreja, participava das programações e cultos, podia ser apontado como exemplo para outros, mas alguma coisa estava errada: não era feliz, tinha a sensação de que estava perdido apesar de cumprir tudo. Certo dia anunciaram a chegada de Jesus à sua cidade. A história está registrada no capítulo 10 de São Marcos. Os líderes da igreja, ainda preocupados somente com o cumprimento rígido das leis, foram os primeiros a sair ao encontro de Jesus. O registro sagrado narra assim: "E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?" (Marcos 10:2). Você percebe a inquietude daqueles líderes? Sua grande preocupação era apenas com os detalhes.

Seria possível que hoje os líderes também caiam no mesmo erro? "É pecado cortar o cabelo?" "É pecado orar assentado?" "É pecado ter um pátio de recreações ao lado do templo?" "É pecado ir à praia?"

O Senhor Jesus não se deteve muito tempo a discutir com eles. Dirigiu-Se aonde estava um grupo de crianças, colocou-as no colo, com amor acariciou-lhes a cabecinha e beijou-lhes os rostinhos inocentes. O jovem rico ficou emocionado ao ver aquele quadro. Ele nunca poderia imaginar que Jesus fosse capaz de beijar e fazer um carinho. Não era essa a imagem que ele tinha aprendido acerca do Filho de Deus. Pela primeira vez na vida teve vontade de abrir o coração a alguém. Correu quando Jesus já estava saindo da cidade, ajoelhou-se perante Ele e disse: "…Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" (Marcos 10:17).

Ele estava dizendo na realidade: "Bom Mestre, que farei para ser salvo? Eu sinto que estou perdido. Não tenho certeza da salvação."

Por que? Acaso não era um bom membro da igreja? Não cumpria todas as normas? Ah! meu amigo, cumprir mandamentos nunca foi sinônimo de salvação. Ser um bom membro de igreja não quer dizer estar salvo.

É, de algum modo, possível obedecer a tudo e estar completamente perdido. Perdido, dentro da igreja!

O Senhor Jesus tentou levar o jovem do conhecido ao desconhecido. O jovem conhecia a letra da lei, as normas, os regulamentos e Jesus lhe disse: "Tu sabes os mandamentos…" (Marcos 10:19).

Este foi um tratamento de choque. "Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade" (Marcos 10:20).

…Mas a angústia não desaparece, o desespero aumenta, a sensação de estar perdido é cada vez maior". Jesus olhou para ele com ternura e o amou.

Sabe? Jesus também ama você. Não importa se você é pobre ou rico, se é preto ou branco, se é feio ou bonito. Ele o ama. Ele o compreende. Isso é o que diz a Bíblia. Você é a coisa mais importante para Deus, não importa o momento que esteja vivendo. Você, com suas lutas, com seus fracassos, com seus conflitos, com suas dúvidas e incertezas; você com suas deformações de caráter, com seu temperamento irascível, é objeto de todo amor e carinho de Deus. Pode ser que em algum momento de sua vida você sinta que ninguém gosta de você, que seus pais não o compreendem, que seus professores não reconhecem seu valor, que a vida lhe negou as oportunidades que deu a outros, que o mundo inteiro não o aceita. Pode até ser que você não goste de você mesmo. Tudo isso pode, de algum modo, ser verdade, mas Deus gosta de você, Ele o compreende. Neste momento, tenha certeza de que Ele está bem perto de você, pronto a ajudá-lo, a socorrê-lo, a valorizá-lo.

Lá na Judéia, além do Jordão, séculos atrás, Cristo olhou com amor o jovem rico. Viu seus conflitos internos, suas lutas, suas angústias. Viu sua desesperada situação: perdido dentro da igreja, perdido cumprindo todos os mandamentos, perdido obedecendo a todas as normas. "Sabe qual é seu problema, filho?" – disse Jesus – "apenas um: você não Me ama. Em seu coração não há lugar para Mim, em seu coração só há lugar para o dinheiro. Você está disposto a guardar mandamentos, mas você não Me ama, e enquanto não Me amar Eu não aceito nada de você. Não adianta guardar mandamentos, cumprir normas, obedecer regulamentos; se você não Me amar, nada disso tem sentido e você continuará com essa horrível sensação, com esse vazio na alma. Vamos fazer uma coisa, Meu querido filho, você agora vai para casa, tira do coração o amor às coisas deste mundo, coloca-Me como o centro de sua vida, então venha e siga-Me". A Bíblia diz que o jovem, "…pesaroso desta palavra, retirou-se triste…" (Marcos 10:22).

Que tragédia! Estava mais pronto a guardar mandamentos do que amar o Senhor Jesus. Por quê? Talvez porque é mais fácil aparentar que se é bom do que entregar o coração a Deus.

É possível que você esteja pensando: "Felizmente eu não tenho riquezas". Pode ser. Mas, às vezes, não precisamos ter riquezas para destronar Jesus do coração. Seria possível você amar mais um artista de televisão do que Jesus. Um esporte, uma namorada, uma profissão, os estudos, coisas até boas, mas que podem ocupar o lugar de Cristo no seu coração. Pode ser até que você ame mais a sua igreja, a doutrina da sua igreja, o nome da sua igreja, do que o Senhor Jesus.

Pergunto: Qual deveria ser a nossa primeira preocupação, amar a Jesus ou guardar normas? Às vezes, estamos mais preocupados que os jovens obedeçam as normas e não que amem a Jesus. O interesse de Jesus é diferente: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração", diz Ele enquanto bate à porta do coração humano.

Há algo que nunca deveríamos esquecer: é possível de alguma maneira cumprir normas sem amar Jesus, mas é impossível amar Jesus e deixar de cumprir as normas. Então, qual deveria ser o nosso primeiro interesse, o nosso grande objetivo? Se o ser humano amar a Jesus com todo seu coração, será incapaz de fazer algo que magoe o seu Redentor. Sua vida, em conseqüência, será uma vida de obediência.

Sabe qual é o nosso grande drama na vida espiritual? Sabe por que não somos felizes na igreja? Falta amor por Cristo. Estamos na igreja porque gostamos dela, a sua doutrina nos convenceu, o pastor fez um apelo irrecusável. Estamos na igreja porque nossos pais querem, ou então, para agradar aos filhos ou a esposa, ou simplesmente porque todo ser humano tem que ter uma religião, mas não porque amamos a Jesus a ponto de dizer: "Eu não posso viver sem Ti".

– Pastor – disse-me uma velhinha certo dia – tenho quase 60 anos de casada. Pode perguntar a meu marido e ele dirá que sempre fui uma esposa perfeita. Fiz tudo o que uma boa esposa deve fazer, agi sempre do modo certo, mas, nunca fui feliz.

– Por quê? – perguntei.

– Eu não amo meu marido, pastor. – Foi a resposta.

– Mas, então, por que se casou?

A velhinha emocionou-se ao dizer:

– Nos meus tempos de mocinha a gente não escolhia marido. Eram os pais quem escolhiam marido para a gente. Um dia meu pai disse: ‘Filha, daqui a dois meses você vai se casar com o filho do meu compadre’. O enxoval foi preparado. A festa ficou pronta e, faltando dois dias para o casamento, conheci meu noivo. Não gostei. Nunca consegui gostar, mas casei porque tinha que obedecer. Fui uma esposa perfeita, mas nunca fui feliz.

Como ser feliz ao lado de alguém que não se ama? O batismo é uma espécie de casamento com Cristo. Muitos cristãos talvez pudessem dizer: "Senhor, estou na igreja, batizado há cinco anos, ou dez, ou quinze anos. Nesse tempo todo, de alguma maneira, cumpri o que a igreja pede. Mas nunca fui feliz." Por quê? Porque não é possível ser feliz ao lado de alguém que não se ama. Conviver ao lado de alguém que se ama já é uma tarefa desafiante, imagine quando não há amor. Nunca poderemos ser felizes estando na igreja porque nascemos nela, ou por causa da pressão social, religiosa ou familiar. Todos os motivos só têm algum sentido quando o grande motivo é o amor por Cristo. Se não for assim, a vida cristã se tornará um "inferno", um fardo horrível para se carregar. Fazer as coisas só porque estamos batizados, só porque temos que cumprir as normas de uma igreja que assumimos, só para agradar aos homens é a pior coisa que pode acontecer. Sempre estaremos pensando em sair, abandonar tudo, ou então, quando ninguém vê, estaremos fazendo as coisas erradas.

Todas as normas da igreja, todas as coisas que tenhamos que abandonar tudo que tenhamos que aprender terá algum significado unicamente quando o amor de Cristo constranger nosso ser. A nossa primeira oração não devia ser: "Senhor, ajuda-me a guardar Teus mandamentos", mas, "Senhor, ajuda-me a amar-Te com todo meu ser".

O jovem rico partiu triste e não voltou mais. Estava pronto a ser um bom membro de igreja, mas não a entregar o coração ao Mestre.

Alguma vez você já se perguntou por que está na igreja? Você acha que Cristo veio a este mundo para que as igrejas cristãs estivessem cheias de pessoas tentando portar-se bem ou Ele veio para que as pessoas fossem realizadas e felizes?

Neste momento, embora você não possa vê-Lo, Jesus está aí perto de você com os braços abertos dizendo: "Venha a mim, Filho."

Está você triste? Venha a Jesus. Ele confortará sua alma cansada. Sente-se só? Venha a Jesus. Ele preencherá seu coração de tal maneira que não sentirá mais o frio da solidão. O peso da culpa de algum erro passado o atormenta? Venha a Jesus. Ele morreu para pagar o preço de seus erros e está disposto a dar-lhe hoje a oportunidade de começar uma nova experiência. Não importa quem é você ou como você viva. Não importa seu presente, nem seu passado. Não importa suas virtudes ou defeitos; suas vitórias ou derrotas. Venha a Jesus e lembre-se: Você é a coisa mais linda que Ele tem neste mundo. Ele o ama e deseja fazer parte de sua vida. Está você disposto a abrir-lhe o coração?

ORAÇÃO

Querido Pai, olha para mim neste momento. Por favor, vem ao meu encontro e torna-Te um Deus real em minha vida. Vive comigo como um amigo pessoal. Tira de minha vida os temores, os preconceitos e as dúvidas e que eu possa encontrar em Ti a paz que meu coração precisa. Em nome de Jesus. Amém.

Pr. Alejandro Bullón

http://www.jesusvoltara.com.br/sermoes1.htm

Publicado em Sem categoria | Deixe um comentário

Savação

VOCÊ TEM PROCURADO RESPOSTAS PARA AS QUESTÕES MAIS COMPLICADAS DA VIDA?

Nos próximos momentos, você pode encontrar perdão, um relacionamento pessoal com Deus, paz, liberdade da culpa, sabedoria e o plano do Pai para a sua vida.

Quais são os passos que você deve seguir para descobrir essas respostas vitais?

PASSO 1: Entenda que o desejo de Deus para você é vida, abundante e eterna.

A Bíblia declara: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10:10).

Dar a você uma vida abundante exigiu o sacrifício supremo: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. " (João 3:16).

Deus deseja companheirismo e amizade com você!

Que presente maravilhoso o Pai tem dado, contudo, se Deus entregou seu próprio Filho para prover uma vida abundante e eterna, por que mais pessoas não têm o que Ele projetou para recebermos? Essa é uma questão respondida sobriamente por este trabalho.

PASSO 2: Perceba que você está separado de Deus.

Há um abismo entre Deus e a raça humana. Ele preparou um meio para recebermos uma vida abundante e eterna, mas as pessoas, de todas as épocas, têm feito escolhas egoístas de desobedecer ao Deus Todo Poderoso. Essas escolhas continuam provocando uma separação do Pai.

A Palavra de Deus nos mostra que o resultado do pecado é a morte. Ele diz em Sua Palavra: "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14:12).

E Deus também diz, "Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça.” (Isaías 59:2).

O apóstolo Paulo declara em Romanos 3:23, "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.

E em Romanos 6:23 nós lemos "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”.

Todo homem foi criado com a capacidade e a necessidade de conhecer Deus e relacionar-se com Ele.

Agostinho, um ministro que viveu durante os séculos XIV e XV, chamou esse desejo em cada um de nós de “o vazio com o formato de Deus”.

Todo dia nós ouvimos de pessoas que são ricas, famosas ou super atletas — pessoas que parecem ter o melhor que a vida oferece — mas ainda tentam encher esse vazio de suas vidas com “coisas.” Eles até tentam com boas obras, moralidade e religião, mas permanecem vazios, pois só Deus, pelo Seu Filho, pode preencher essa necessidade interior.

PASSO 3: Aceite o fato de que Deus preparou apenas uma solução para o pecado e para a separação Dele.

Jesus Cristo, Seu Filho, é o único caminho para Deus. Somente Ele pode nos reconciliar com o Deus Pai.

O ser humano pode procurar outras soluções e adorar outros deuses, mas Jesus Cristo, sozinho, morreu na Cruz por nossos pecados e subiu em triunfo sobre a sepultura e a morte eterna. Ele pagou o preço pelo seu pecado e preencheu o abismo entre Deus e a humanidade.

A Bíblia declara: "Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8).

É-nos dito, também: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus” (1 Pedro 3:18).

Há apenas um caminho disponível: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (1 Timóteo 2:5).

Em João 14:6 lemos: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”

O Deus Todo Poderoso preparou o único caminho. Jesus Cristo pagou o preço por nosso pecado e rebelião contra Deus morrendo na cruz, derramando Seu sangue e levantando da morte para justificar e reconciliar você de volta com Deus, o Pai.

PASSO 4: Renda-se a Jesus Cristo como Salvador e Senhor.

Você pode ser levado de volta a Deus e ter seu relacionamento com Ele restaurado ao confiar em Cristo unicamente para salvar sua vida da destruição. Que incrível mudança: O Seu pior pelo Melhor de Deus!

Esse passo ocorre pedindo a Jesus Cristo que leve o seu pecado e venha para seu coração como Senhor e Salvador.

O Trabalho de Deus é bem claro: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Apocalipse 3:20).

E a Bíblia nos conta, "A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." (Romanos 10:9)

Há alguma boa razão para você não se entregar a Jesus Cristo, em seu coração, bem agora?

Você está disposto a deixar seus fardos e pecados?

Você está disposto a mudar de direção e se arrepender de seus pecados?

Você está disposto a se render a Jesus Cristo, agora, como seu Senhor e Salvador?

PASSO 5: Ore para receber Jesus Cristo em sua vida.

Neste momento, você pode fazer a oração mais importante de sua vida, simplesmente dizendo:

Querido Senhor Jesus, Eu creio que o Senhor é o Filho de Deus. Eu creio que o Senhor veio a Terra 2.000 anos atrás. Eu creio que o Senhor morreu por mim na cruz e derramou seu sangue para minha salvação. Eu creio que o Senhor ressuscitou dos mortos e ascendeu às alturas. Eu creio que o Senhor vai retornar à Terra. Querido Jesus, eu sou um pecador. Perdoe meus pecados. Limpe-me agora com Seu sangue precioso. Venha ao meu coração. Salve a minha alma agora mesmo. Eu te entrego minha vida. Eu O recebo agora como meu Salvador, meu Senhor e meu Deus. Eu sou Seu para sempre e vou servi-Lo e segui-Lo por todos os meus dias. A partir de agora, eu pertenço ao Senhor somente. Eu já não mais pertenço a este mundo, nem ao inimigo da minha alma. Eu pertenço ao Senhor e eu tomo posse agora do meu novo nascimento. Amém!

Fazendo essa oração, confessando seus pecados e se entregando a Jesus Cristo em seu coração, Deus dá a você o direito de se tornar Seu filho. A Bíblia lhe dá essa segurança: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome”. (João 1:12).

Como a Palavra de Deus é Sua carta de amor e o mapa que mostra a vida de sucesso para o crente, você deve separar um tempo todos os dias para ler a Palavra de Deus. Fique à vontade, enquanto você lê cada versículo, para pedir à Deus que te ajude a entender a riqueza da sabedoria de Deus contida Em sua Palavra. Ao dedicar 15 minutos ou mais à Ele todos os dias, você poderá ler a Bíblia inteira em um ano. Eu recomendo que você comece pelo Evangelho de João (o quarto livro do Novo Testamento) que o ajudará a entender mais sobre a nova vida em Cristo.

 

http://www.amoremlinks.net/newsite/boasnovas.html

 

 

 

Publicado em Mensagens | Deixe um comentário

Zaqueu: O pequeno grande homem

Zaqueu: o odiado cobrador de impostos que, movido por uma incrível curiosidade, quer a todo custo ver Jesus.

Todos os episódios são narrados no Evangelho de Lucas, cronista atento ao essencial: Jesus encaminha-se para Jerusalém, atravessou a Samaria, contou parábolas que comoveram o coração de muitos, expulsou demônios e curou doentes, confundiu os fariseus que se escandalizavam por vê-lo fazer milagres aos sábado, já encontrou o jovem rico e lhe falou com todas as letras do perigo da riqueza que afasta do Reino de Deus. Seu caminho passa por Jericó, a mais antiga cidade do mundo. Quando atravessa a cidade, no centro de um esplêndido oásis rodeado por montanhas, a poucos quilômetros do Mar Morto, uma multidão enorme o cerca. Entre eles está Zaqueu.

Era um personagem famoso e famigerado, bem conhecido por todos, "chefe dos publicanos e rico", escreve Lucas. Rico: daqueles para os quais a porta do Reino dos céus parece por demais estreita. Os publicanos eram piores que os ricos, eram desprezados, quase impuros. Eram aqueles que tinham enriquecido recebendo os impostos para os romanos. O cobrador de impostos nunca foi muito amado, e muito menos popular, em nenhum país do mundo: ainda mais o publicano judeu, que representava uma dupla blasfêmia. Judeus que pediam dinheiro de outros judeus por conta do odiado império romano, esse que o Messias deveria derrubar, pelo menos na expectativa do povo. Um momento que parecia iminente visto o fervilhar de movimentos de independência e de espera messiânica no tempo de Jesus. Segundo a expectativa do povo, os primeiros a sofrerem as conseqüências da expulsão dos romanos pelo Messias deveriam ser os publicanos, aquela gentalha. Os freqüentes contatos com os pagãos os tornavam também pouco recomendáveis quase indignos de entrar no Templo. E ainda por cima, para tornarem-se ainda menos simpáticos, eles talvez embolsassem parte do dinheiro que arrecadavam.

A todo custo


Enfim, os publicanos eram o que de pior, de menos moral se podia encontrar. E Zaqueu era seu chefe. Lucas o descreve como "de pequena estatura". A multidão o rodeia facilmente e ninguém faz o favor de lhe abrir espaço, evidentemente. Zaqueu tinha um só dote, uma inexplicável curiosidade. Morria de vontade de ver Jesus, e talvez nem soubesse por quê. Tinha que vê-lo a qualquer custo, mesmo passando por ridículo. "Ele procurava ver quem era Jesus", escreve Lucas, "mas não conseguia". A cena descrita no Evangelho continua: Zaqueu tenta, se agita, mas não tem jeito. Corre então para passar à frente da multidão, sobe numa árvore, acomoda-se "num sicômoro", como Lucas descreve com precisão. Sicômoros como esse ainda existem em Jericó, altos, frondosos, cheio de galhos que começam já na parte de baixo: é fácil subir. Zaqueu sabia que Jesus tinha de passar por ali. O Evangelho não demora a descrever o que experimentou naquele momento: curiosidade, certamente, talvez um confuso sentimento de culpa pela vida não muito exemplar, quem sabe a intuição de que alguma coisa pudesse acontecer, algo realmente novo. Talvez. Quem sabe. Falava-se tanta coisa a respeito daquele nazareno. O Evangelho fica nos fatos. Jesus chega e logo levanta os olhos, vê o rico, o publicano, o impuro, o chefe da máfia, pendurado nos galhos. Uma cena talvez um pouco ridícula, um pouco patética, mas pode-se pensar que naquele momento bem poucos rissem. Deve ter havido, sim, uma certa comoção. Aquele homem pequenino era mau e pecador e tinha roubado muitos pobres. Os olhares se cruzam. O de Jesus, que a multidão acompanha com a respiração suspensa: "Que será que ele vai dizer agora…", um olhar que só os discípulos conheciam bem e que todas às vezes indicava que alguma coisa estava para acontecer, algo inesperado.

"Vou a tua casa"

E o olhar de Zaqueu. "Ele me viu, e agora?". O olhar da multidão: "Olha só onde ele foi se meter…, mas é claro que Jesus deve saber de quem se trata, que tipo de pessoa é esse cara no sicômoro".  "Podemos imaginar o momento em que Jesus passa sob aquela árvore onde, aninhado, está Zaqueu, o chefe da máfia de todo o nordeste de Jerusalém: de Jericó. Jesus pára e olha para ele: ‘Zaqueu’, diz seu nome. “Zaqueu”, desce depressa, vou a tua casa”. Não há possibilidade de uma ternura como essa entre nós; somos sórdidos, grosseiros, somos pedras em comparação com isto aqui: Zaqueu". Vale a pena ler e reler as palavras de Jesus, que Lucas transcreve fielmente, pois devem ter ficado impressas no coração dos apóstolos, palavras imprevistas para todos, para os discípulos, para a multidão, imaginem para Zaqueu: "Zaqueu, desce depressa, pois hoje devo ficar em tua casa". E o que acontece então é surpreendente, até o cronista do Evangelho, desta vez, não pode deixar de relatar o tumulto de sentimentos que se desencadeiam: Zaqueu "desce depressa e recebe-o com alegria". Ele quase dá um pulo da árvore, enquanto a multidão se afasta e murmura: "Foi hospedar-se na casa de um pecador". Essa mesma multidão pouco antes estivera ao redor de Jesus quando ele restituiu a visão a um cego, e também então procurara calar aquele deficiente inoportuno que gritava. Mas isto era demais: esse publicano! Esse chefe da máfia! Esse pecador! Zaqueu, enquanto isso, devia estar ajoelhado, ou talvez tivesse caído ao descer da árvore, pois o Evangelho diz que "se levanta" e diz depressa a Jesus a primeira coisa que lhe vem à cabeça. E é uma coisa enorme para ele, que fizera do dinheiro, do engodo, da fraude o seu verdadeiro Deus: "Senhor, darei a metade dos meus bens aos pobres, e se defraudei a alguém, restituo-lhe o quádruplo". Era muito mais do que prescrevia a lei judaica e romana. E Jesus lhe responde, falando evidentemente também para a multidão: "Hoje a salvação entrou nesta casa, pois ele também é um filho de Abraão; o filho do Homem veio encontrar e salvar o que estava perdido".

Por Giancarlo Giojelli

http://www.passos-cl.com.br/pagina.asp?cod=135&tipo=0

 

Publicado em Sem categoria | 1 Comentário

Que faria Jesus se morasse em Vila Isabel

 

  Nestes últimos tempos, por conta de um jejum de  televisão que fizemos, resolvi reler um livro que li em minha adolescência, e aí, já vão alguns anos.

 O livro relata uma revolução que ocorreu em uma cidade americana em função de uma atitude tomada por um pastor de uma  igreja da cidade. Igreja, onde a maioria de seus membros era de condição abastada, a boa musica era muito apreciada e quase todas as atividades da igreja era voltada para seus membros.

    A história relata que tal revolução começa, após a entrada  e morte de um homem na igreja, o que confronta a todos sobre a brevidade da  vida, a razão da existência e da existência da igreja. Tomado pela comoção da morte daquele homem, o pastor resolve desafiar a igreja a não fazer nada, sem que perguntasse antes, o que faria Jesus, daí o nome do livro: "Em seus passos, o que faria Jesus?”

  Estando a ler este livro, pude pensar  no quanto atual ele é, em função de nosso desafio na conquista de Vila Isabel.

  Todos queremos conquistar nosso bairro para Jesus! Queremos vê-lo livre da feitiçaria, do alcoolismo, do samba, da idolatria Queremos ver as nossas crianças nas escolas, aprendendo as verdades eternas, e vê-las crescendo livre das influências dos Halloweens, Harry Potters, wicca, etc.

  Então penso: será que  estamos usando a estratégia certa, já que o tempo urge, e a volta do nosso Senhor é eminente?

  Volto a pensar: Em meus passos, o que faria Jesus? Começo a ver Jesus andando em Vila Isabel… O que predomina no meu bairro? Bares. Então, Jesus estaria neles. Que escândalo! Jesus sentado nos bares de Vila Isabel, convidando os beberrões de cerveja a virem após Ele, para fazê-los pescadores de homens!… O que diriam as pessoas que estão acostumadas a ir à igreja só aos domingos, para assistir a um bom culto?  "Ah, Ele senta com os bebedores, como pode ter autoridade sobre nós?"

  Penso também que Jesus entraria no Hospital Jesus e no Pedro Ernesto curaria alguns enfermos ali, para que Seu poder pudesse ser visto pelas pessoas e que elas fossem multiplicadoras das boas novas.

  Acho que Ele não ficaria muito tempo dentro da nossa igreja, mas iria onde as pessoas estão: subiria os morros e ali faria libertação dos soldados de satanás, sem nenhum medo das balas ou armas AR-15, e os faria soldados Seus.

   Penso que Ele iria às escolas, universidades, especialmente na UERJ e falaria com aqueles que são multiplicadores de opiniões, sobre a importância de uma educação baseada nos princípios bíblicos, como condição para termos uma geração preparada para assumir cargos públicos.

   Creio que uma multidão correria para vê-lo falar na Praça Sete, na Praça Tobias Barreto e na Praça da Heber de Bóscoli.

  Ele falaria mais ou menos assim: “O Espírito do Senhor Deus, está sobre mim, porque o Senhor me escolheu a levar as boas notícias de salvação aos desanimados e aflitos de Vila Isabel. Ele me mandou animar os de coração partido pelo trafico, anunciar liberdade aos presos ao álcool, dar vistas aos cegos pela alegria passageira do samba. Ele me mandou anunciar a chegada do Dia em que o Senhor vai dar a todos a sua graça. Mas também, é chegado o Dia em que Ele vai Se vingar de seus inimigos. Ele me mandou consolar a todos os que estão chorando nos Hospitais Jesus, Pedro Ernesto e aos mendigos das praças, que Ele vai colocar uma coroa, em vez de cinzas sobre as suas cabeças, Perfume de alegria, em vez e lágrimas  de tristezas nos rostos; roupas de festas e louvor, muito diferente das roupas de carnaval, que sempre acaba em cinzas.”

   Ao final, Ele alimentaria uma multidão, mais de 5 mil pessoas se converteriam por causa do milagre da multiplicação dos pães e peixes, ofertados pelos fiéis das igrejas em aliança do bairro.

…… Creio que seria isso que Jesus faria em meus passos… Se Ele morasse em Vila Isabel.

  

                                                                                    

Ligia Lima Lopes

http://www.gpmh.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=28&sid=12&tpl=printerview

 

 

Publicado em Sem categoria | Deixe um comentário

Carnaval: de culto pagão à festa popular

 

Um olhar sobre a origem do carnaval e sua relação com a religião pagã.

“Carnaval é uma grandiosa cosmovisão universalmente popular de milênios passados… é o mundo às avessas”. (Bakhtin, 1970)

O carnaval realizado no Brasil é a maior festa popular do mundo. Grande parte dos foliões brasileiros, no entanto, não conhecem as origens e as implicações dessa festa.

Pensa-se que o carnaval é uma brincadeira típica do Brasil, mas várias cidades do mundo como Nice (França), Veneza (Itália), Nova Orleans (EUA), dentre outras, também a celebram anualmente.

O carnaval, para surpresa de muitos, é um fenômeno social anterior à era cristã. Assim como atualmente ela é uma tradição em vários países, na antiguidade, o carnaval também foi praticado por várias civilizações. No Egito, na Grécia e em Roma, pessoas de diversas classes sociais se reuniam em praça pública com máscaras e enfeites para desfilarem, beberem vinho, dançarem, cantarem e se entregarem as mais diversas libertinagens.

A diferença entre o carnaval da antiguidade para o de hoje é que, no primeiro, as pessoas participavam das festas mais conscientes de que estavam adorando aos deuses. O carnaval era uma prática religiosa ligada à fertilidade do solo. Era uma espécie de culto agrário em que os foliões comemoravam a boa colheita, o retorno da primavera e a benevolência dos deuses. No Egito, os rituais eram oferecidos ao deus Osíris, por ocasião do recuo das águas do rio Nilo. Na Grécia, Dionísio, deus do vinho e da loucura, era o centro de todas as homenagens, ao lado de Momo, deus da zombaria. Em Roma, várias entidades mitológicas eram adoradas, desde Júpiter, deus da urgia, até Saturno e Baco.

Na Roma antiga, o mais belo soldado era designado para representar o deus Momo no carnaval, ocasião em que era coroado rei. Durante os três dias da festividade, o soldado era tratado como a mais alta autoridade local, sendo o anfitrião de toda a orgia. Encerrada as comemorações, o “Rei Momo” era sacrificado no altar de Saturno. Posteriormente, passou-se a escolher o homem mais obeso da cidade, para servir de símbolo da fartura, do excesso e da extravagância.

Com a supremacia do cristianismo a partir do século IV de nossa era, várias tradições pagãs foram combatidas. No entanto, a adesão em massa de não-convertidos ao cristianismo, dificultou a repressão completa. A Igreja foi forçada a consentir com a prática de certos costumes pagãos, muitos dos quais, cristianizados para evitar maiores transtornos. O carnaval acabou sendo permitido, o que serviu como “válvula de escape” diante das exigências impostas aos medievos no período da Quaresma.

Na Quaresma, todos os cristãos eram convocados a penitências e à abstinência de carne por 40 dias, da quarta-feira de cinza até as vésperas da páscoa. Para compensar esse período de suplício, a Igreja fez “vistas grossas” às três noites de carnaval. Na ocasião, os medievos aproveitavam para se esbaldar em comidas, festas, bebidas e prostituições, como na antiguidade.

Na Idade Média, o carnaval passou a ser chamado de “Festa dos Loucos”, pois o folião perdia completamente sua identidade cristã e se apegava aos costumes pagãos. Na “Festa dos Loucos”, tudo passava a ser permitido, todos os constrangimentos sociais e religiosos eram abolidos. Disfarçados com fantasias que preservavam o anonimato, os “cristãos não-convertidos” se entregavam as várias licenciosidades, que eram, geralmente, associadas à veneração aos deuses pagãos.

O carnaval na Idade Média foi objeto de estudo de um dos maiores pensadores do século XX, o marxista russo Bakhtin. Em seu livro Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento, Bakhtin observa que no carnaval medieval – “o mundo parecia ficar de cabeça para baixo”. Vivia-se uma vida ao contrário. Era um período em que a vida das pessoas tornava-se visivelmente ambígua, pois a vida oficial – religiosa, cristã, casta, disciplinada, reservada, etc. – amalgamava-se com a vida não-oficial – a pagã e carnal. O sagrado que regulamentava a vida das pessoas era profanado e as pessoas passavam a ver o mundo numa perspectiva carnavalesca, ou seja, liberada dos medos e da ética cristã.

Com a chegada da Idade Moderna, a “Festa dos Loucos” se espalhou pelo mundo afora, chegando ao Brasil, ao que tudo indica, no início do século XVII. Trazido pelos portugueses, o ENTRUDO – nome dado ao carnaval no Brasil – se transformaria na maior manifestação popular do mundo, numa das maiores adorações aos deuses pagãos do planeta e, por tabela, na maior apologia a prostituição apoiada pelo Estado. Quem dera todos os foliões brasileiros soubessem disso!

Você vai participar do carnaval?

 

Autor: eduardo de araujo carneiro

Colaboração: Professora Egina Carli (eginacarlil@hotmail.com)

 

http://www.duplipensar.net/artigos/2007s1/historia-do-carnaval-de-culto-pagao-festa-popular.html

 

 

 

Publicado em Sem categoria | Deixe um comentário

A origem pagã do Natal e seu desenvolvimento

Gostaria, nesta edição, uma após o Natal, de falar algo exatamente sobre isso: o Natal. Não escrevi antes para não escandalizar aos leitores, mas faço-o agora para conscientização futura. Creio que pode ser útil, ainda que escandalize alguns. Natal nada tem a ver com o nascimento de Cristo, pois Ele não nasceu no dia 25 de dezembro, que é, originalmente, uma data pagã.

Vamos aos fatos, extraídos da Bíblia e de bons livros de História. O Natal começou na Babilônia antiga, na época de Ninrode. Gênesis 10:6-11 diz: "Os filhos de Cam: Cuxe… Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra. Foi valente caçador diante do Senhor; daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor. O princípio do seu reinado foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. Daquela terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive…"

Cam era filho de Noé, Cuxe era neto e Ninrode bisneto. Cam foi o filho que Noé amaldiçoou e seus descendentes edificaram Babel (e a torre de Babel), a cidade onde os homens se rebelaram contra o Criador. Babel e Babilônia são a mesma coisa. Ninrode, em hebraico, vem de Marad, que significa: "Ele se rebelou".

Conta a História que esse Ninrode, bisneto de Noé, casou-se com Semíramis, sua própria mãe, que virou assim mãe-esposa. Ninrode morreu cedo e Semíramis herdou seu reinado. Ela dizia ao povo que ele voltava à vida em certas épocas, como um "ser espiritual"; foi o princípio do ensino da reencarnação. Dizia também que um grande pinheiro crescia da noite para o dia de um pedaço de árvore morta na data do aniversário de Ninrode: 25 de dezembro. Ela dizia ainda que ele visitava o pinheiro e deixava ali presentes.

Semíramis morreu e foi venerada por seus súditos, assim como Ninroque. Ela virou a "rainha dos céus" dos babilônios e Ninrode o "divino filho do céu". Foi assim que surgiu a lenda de uma "mãe com uma criança no colo" e ambos passaram a ser venerados pelos povos pagãos, prática que se espalhou pelo mundo afora, a ponto de, séculos depois, chegar também a Israel, fato que desagradou demais a Deus.

Jeremias 7:18 confirma isso: "Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para se fazerem bolos à Rainha dos Céus; e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira". Cerca de 650 anos antes de Jesus Cristo nascer de Maria em Belém, o profeta Jeremias já dizia que os judeus adoravam a "Rainha dos Céus", num culto pagão e idólatra, e Deus então permitiu a invasão de Israel por outros povos, como punição.

A veneração a uma mãe (Semíramis) com uma criança (Ninrode) no colo se alastrou ainda mais. No Egito ambos foram chamados, respectivamente, de Ísis e Osiris; em Roma de Fortuna e Júpiter e em alguns países da Ásia, de Cibele (ou Madona) e Deois; Madona significa "minha dona" ou "minha senhora".

Séculos depois veio Jesus Cristo, nascido do Espírito Santo em Maria (Mt 1:18). No século IV depois de Cristo, o rei Constantino, do Império Romano, converteu-se ao cristianismo da época e deu uma série de regalias a quem também aderisse à sua nova religião, inclusive isenção de impostos. Resultado: multidões pagãs se "converteram" a Cristo, mas cada qual trouxe seus distintos cultos idólatras, que tinham em comum algo: a adoração a uma mulher embalando uma criança no colo.

Um século depois, para espalhar o catolicismo aos povos do norte da Europa (que em dezembro comemoravam a festa conhecida como Saturnália), o papa Júlio, no Concílio de Nicéia, começou a dizer que Jesus também havia nascido em dezembro, no dia 25, coisa que nenhum dos apóstolos jamais afirmara. A Bíblia não cita o dia em que Ele nasceu e certamente não foi em dezembro. Poucos meses antes de Cristo nascer em Belém, o imperador romano César Augusto (20 aC a 14 d.C) decretou um recenseamento para todo o império, fato registrado em Lucas 2:1, obrigando cada cidadão a ir à sua cidade natal para recensear-se. Se esse recenseamento fosse em dezembro, seria impossível os judeus se locomoverem porque o inverno era rigoroso demais em Israel. Mas José e Maria foram a Belém, como os demais judeus às suas próprias cidades, e aí Jesus nasceu. Isso deve ter ocorrido em época favorável a viagens em lombo de animais, não no inverno rigoroso de dezembro.

A Saturnália, citada acima, era a festa do Natalis Invictis Solis (Nascimento do Sol Invencível) e virou o Natal no cristianismo degradado. Ia de 17 de dezembro a 1º de janeiro, época em que as pessoas davam presentes uns aos outros. O dia 25 era especial na Saturnália: vinha após o solstício de inverno (época em que o "deus Saturno", ou seja, o sol, havia declinado seu fulgor) e agora recomeçava a brilhar nos países do hemisfério norte. Os antigos druidas (palavra que significa "carvalho ou "pinheiro"), nessa época, faziam vigílias ao redor do fogo para aguardarem o "nascimento do sol invicto". Essa é a verdadeira origem do Natal.

(Eduardo Eron)

http://www.gazetadoriopardo.com.br/noticias/ler.asp?edi=2264&id=7692

Publicado em Mensagens | Deixe um comentário

Apenas o dia de hoje

 

“… Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados;

basta o dia o seu próprio mal" (Mateus 6.34)

A ansiedade é o pavor da alma. O tom do Senhor Jesus quando tratava da ansiedade, da pobreza, da tristeza, e da solidão, era sempre um tom suave e terno.

"Não andeis ansiosos com coisa alguma".

 Jesus Cristo nunca "forçou a barra" no que diz respeito à  fragilidade da nossa natureza humana, Ele Próprio viera da  pobreza e a conhecia de perto…

Por isso, muitas vezes fez referência à roupas remendadas, ao preço dos pardais, ao uso de odres velhos, e ao pequeno  salário recebido pelo trabalhador.

 Jesus era acostumado ao sofrimento e à ansiedade dos pobres, pois, Ele era um deles – "… O Filho do Homem(Ele) não tem onde reclinar a cabeça" (…).

Ainda sobre Ansiedade, e pelo ensinamento de Jesus, é preciso que entendamos que existe uma enorme  diferença entre prevenção e preocupação.

E é justamente a preocupação o que o Senhor Jesus

 categoricamente desaprovava.

Devemos semear no outono tendo a noção do que estamos fazendo o que é correto, mas não é sábio nem saudável perdermos o sono durante o inverno nos preocupando

quanto a colheita que teremos pela frente.

Da mesma forma, quanto aos suprimentos futuros das nossas necessidades, devemos ter mais tranqüilidade, pois não são tão urgentes quanto às necessidades e urgências do dia de hoje.

Isso abrange urgências e necessidades do corpo, da mente, e, ou do coração.

Mesmo que não usemos bem os olhos da fé para enxergar,  o Senhor, na eternidade, já cuidou de todas as nossas urgências e necessidades futuras, pois Ele não dorme nem cochila,  é o que diz o salmista.

Se alguns de nós temos andado ansiosos, devemos refletir nas Palavras de esperança de Jesus.

Era exatamente isso que Ele se esforçou para dizer e disse:

 – “Se o Senhor vos deu vida, não a susterá?”

 Não é assim que Ele cuida dos pássaros que desconhecem Seu Senhorio?

Também não cuida das flores mesmo sendo elas tão  passageiras, quanto mais vós que sois eternos e filhos?

Ele não vos deu Seu Próprio Filho por amar de tal maneira, como vos recusará cuidado e proteção futura?

Certos disto devemos estar prevenidos e não preocupados.

Devemos constantemente crer que no tempo certo o Senhor manifestará aos nossos frágeis olhos humanos os Seus cuidados ocultos que hoje só somos capazes  de ver com os olhos da fé…

Confiemos, pois no nosso Provedor Fiel, sejamos responsáveis  e prevenidos na medida e no tempo certo, jamais permitindo que a preocupação demasiada e a ansiedade nos roube a segurança e a alegria de sermos filhos de Deus.

 

Texto extraído do PÃO QUENTE DIÁRIO

Autor: Rev. Ricardo César Vasconcelos

IP da Penha, RJ.

 

 

 

 

 

 

 

 

Publicado em Sem categoria | Deixe um comentário

A perseverança no final dos tempos

 

O Senhor conduza o coração de vocês ao amor de Deus e à perseverança de Cristo

(2º Tessalonicenses  3.5).

“Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mateus 10.22).

Por duas vezes Jesus usou esta frase para definir a principal qualidade da pessoa salva por Ele.

Não é a perseverança que produz a salvação, ela apenas põe em evidência o dom dado por Jesus à pessoa que ouviu o chamado de Deus.

A Igreja de Filadélfia Jesus disse:

“Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro para experimentar os que habitam sobre a terra”. (Apocalipse 3.10)

Normalmente pensamos que perseverança é para tempos de perseguições ou ameaças de morte por causa da fé.

Hoje, a perseverança também está ligada às facilidades que o mundo atual apresenta onde é vergonhoso ser um cristão preocupado em viver as virtudes da palavra de Jesus.

Como perseverar em manter a virtude, se o incentivo à iniciação sexual na pré-adolescência parte da própria família?

Como construir uma família se todos apóiam com tanta festa a gravidez da adolescente solteira?

Como manter a pureza se o preservativo é o que mantém a integridade física?

Como perseverar se a juventude tem como princípio, destruir os valores antigos estabelecendo novos valores construídos pela moda?

Como perseverar se o adultério caducou, perdeu seu peso, porque o que importa é o bem estar?

Mais do que nos tempos de perseguições, hoje, perseverar em uma qualidade de vida que exalta Jesus, é uma virtude exercida por poucos. Muito poucos.

 É por isso que mais do que no passado, a frase:

“Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo”,- é tão atual e tremendamente verdadeira.

Deus o abençoe despertando-o quanto a importância da perseverança nos dias atuais.

 

Texto extraído do site LER&VIVER

Autor: Mário Lucio Nascimento

Publicado em Sem categoria | Deixe um comentário

O Propósito de Deus para a Família

 

"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela" (Salmo 127:1).

Deus nos criou e designou o casamento e a família como a mais fundamental das relações humanas. Em nosso mundo de hoje em dia, vemos famílias atormentadas pelo conflito e arrasadas pela negligência e o abuso. O divórcio tornou-se uma palavra comum, significando miséria e dureza para os múltiplos milhões de suas vítimas. Muitos homens jamais aprenderam a ser esposos e pais devotados. Muitas mulheres estão fugindo de seus papéis dados por Deus. Pais que não têm nenhuma idéia de como preparar seus filhos estão assim perturbados pelo conflito com seus rebentos rebeldes. Outros simplesmente abandonam seu dever, deixando filhos sem qualquer preparação ou provisão.

Para muitas pessoas, hoje em dia, a frase familiar e confortadora "Lar, Doce Lar" não é mais do que uma ilusão vazia. Não há nada doce ou seguro num lar onde há o abuso, a traição e o abandono.

Haver  uma solução? Poderemos evitar tais tragédias em nossas famílias? Poderão os casais jovens manter o brilho do amor e do otimismo décadas depois de fazerem os votos no casamento? Haverá esperança de recuperação dos terríveis erros do passado?

A resposta para todas estas perguntas é SIM! As soluções raramente são fáceis. A construção de lares sólidos não acontece por pura sorte. Somente pelo retorno ao padrão de Deus para nossas famílias poderemos começar a entender as grandes bênçãos que ele preparou para nós em lares construídos sobre a rocha sólida da sua palavra. Consideremos brevemente alguns princípios básicos ensinados na Bíblia sobre a família.

O Propósito Básico de Deus para a Família

Quando temos dificuldade com a geladeira, entendemos que o fabricante, que escreveu o manual do usário, sabe mais sobre o aparelho do que nós. Lemos o manual para resolver o problema. Quando vemos tantos problemas nas famílias de hoje, só faz sentido que nosso Criador, que escreveu o "manual do usuário", sabe mais a respeito da família do que nós. Precisamos ler o manual para achar como construir e manter bons lares. Encontramos estas instruções na Bíblia. Ela nos guia em cada aspecto do serviço a ele, incluindo a realização de nossos papéis na família.

Casamento

A família começa com o casamento. Quando Deus criou Adáo e Eva, ele revelou seu plano básico para o casamento: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:24). Este plano é claro. Um homem ligado a uma mulher. Milhares de anos mais tarde, Jesus afirmou que este ainda é o plano de Deus. Ele citou este versículo e acrescentou: "Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mateus 19:6). Este casamento é uma relação para toda a vida. Somente a morte deve cortar este laço (Romanos 7:1-3).

Deus aprovou as relações sexuais somente dentro do casamento. Não há nada de mal ou impuro sobre as relações sexuais dentro de um casamento aprovado por Deus (Hebreus 13:4). Esposos e esposas têm a responsabilidade de satisfazer os desejos sexuais (dados por Deus) aos seus companheiros (1 Coríntios 7:1-5).

Todas as outras relações sexuais são sempre e absolutamente erradas. Relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são absolutamente proibidas por Deus (Romanos 1:24-27; 1 Coríntios 6:9-11). Deus não criou Adão e João. Ele fez uma mulher, Eva, como uma parceira apropriada para Adão. As relações sexuais antes do casamento, mesmo entre pessoas que pretendem se casar, são condenadas por Deus (1 Coríntios 7:1-2, 8-9; Gálatas 5:19). As relações sexuais extra-conjugais são também claramente proibidas (Hebreus 13:4).

Filhos

Casais assim unidos diante de Deus pelo casamento gozam o privilégio de terem filhos. Deus ordenou a Adão e Eva e aos filhos de Noé que tivessem filhos (Gênesis 1:28; 9:1). Ainda que nem todas as pessoas tenham que se casar, e que nem todas terão filhos, é ainda o plano básico de Deus que os filhos nasçam dentro de famílias, completas com pai e mãe (1 Timóteo 5:14). Em lugar nenhum da Bíblia encontramos autorização para uma mulher ter relações sexuais para conceber um filho, antes ou sem casamento. A paternidade solteira, que está se tornando moda em nossa sociedade moderna é um afastamento do plano de Deus que terá  sérias conseqüências para as gerações vindouras.

Papéis Dados por Deus Dentro da Família

Dentro desta estrutura do propósito Divino, consideremos os papéis que Deus atribuiu aos homens, mulheres e filhos.

Homens: Esposos e Pais

A responsabilidade dos esposos é bem resumida em Efésios 5:25: "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela". O esposo tem que colocar as necessidades de sua esposa acima das suas próprias, mostrando devoção desprendida aos melhores interesses da "parte mais frágil" que necessita da sua proteção. Ele tem que trabalhar honestamente para prover as necessidades da família (2 Tessalonicenses 3:10-11; 1 Timóteo 5:8).

Os pais são especialmente instruídos por Deus para preparar seus filhos na instrução e na disciplina do Senhor (Efésios 6:4). Este é um trabalho sério e, às vezes, difícil, mas com resultados eternos! Os espíritos de seus filhos existirão eternamente, ou na presença de Deus ou separados dele. A maior meta de um pai para seus filhos deveria sempre ser a salvação eterna deles.

Mulheres: Esposas e Mães

Uma esposa tem um papel muito desafiador no plano de Deus. Ela tem que complementar seu esposo como uma auxiliar submissa, que partilha com ele as experiências da vida. As pressões da sociedade moderna para rejeitar a autoridade masculina não obstante, a mulher devota aceita seu papel como aquela que é cuidadosamente submissa ao seu esposo (Efésios 5:22-24; 1 Pedro 3:1-2). As mulheres de hoje em dia que rejeitam este papel dado por Deus estão na realidade difamando a palavra dele (Tito 2:5).

Deus instrui as mulheres para mostrarem terna afeição aos seus esposos e filhos, e a serem honestas e fiéis donas de casa (Tito 2:4-5). Apesar dos esforços de algumas pessoas para desvalorizar o papel das mulheres que são dedicadas a suas famílias, Deus tem em alta estima a mulher que é uma boa dona de casa e uma amorosa esposa e mãe. Tais mulheres devotas são também dignas de respeito e apreciação de seus esposos e filhos (Provérbios 31:11-12,28).

Filhos: Seguidores Obedientes

Deus também definiu o papel dos filhos. Paulo revelou em Efésios 6:1-2 que os filhos deverão:

1. Obedecer a seus pais. Deus colocou os pais nesta posição de autoridade e os filhos têm que respeitá-los. Muitas pessoas consideram a rebeldia de uma criança como uma parte comum e esperada do "crescimento", mas Deus coloca-a na lista com outros terríveis pecados contra ele (2 Timóteo 3:2-5).

2. Honrar seus pais. Os pais que sustentam, instruem e preparam seus filhos devem ser honrados. Jesus mostrou que esta honra inclui prover as necessidades dos pais idosos (Mateus 15:3-6).

Lares Piedosos Nestes Dias?

É, freqüentemente, muito difícil corrigir anos ou mesmo gerações de erros. Mas está claro que o único modo pelo qual podemos esperar ter boas famílias construídas nos princípios divinos é voltar ao plano que Deus tem revelado. Temos que estudar a Bíblia, aprender estes princípios, aplicá-los em nossas vidas, e ensiná-los aos nossos filhos e aos outros. Lembre-se, os benefícios serão eternos!

Você está construindo seu lar sobre a fundação da palavra de Deus?

– por Dennis Allan

http://www.estudosdabiblia.net/d15.htm

 

 

Publicado em Sem categoria | Deixe um comentário